Postado em: 30/09/2021

Pílula anticoncepcional

“Um dia histórico e um tremendo passo à frente”: foi com essa manchete que a revista Der Stern anunciou, na década de 1960, o lançamento do contraceptivo oral no mercado alemão. Tudo havia começado no início dos anos 1950 nos Estados Unidos. A feminista Margaret Sanger e a milionária Katherine McCormick haviam se unido para inventar uma pílula contra a gravidez que fosse fácil de usar, eficiente e barata.

 

O cientista Gregory Pincus aceitou o desafio. Mas tinha que trabalhar às escondidas, pois os contraceptivos estavam oficialmente proibidos nos Estados Unidos até 1965. Ele alegou tratar-se de uma pesquisa para aliviar os sintomas da menstruação e encerrou seu trabalho cinco anos depois de iniciar as pesquisas. No dia 18 de agosto de 1960, lançou o novo produto no mercado americano: o Enovid-10.

 

Na Alemanha, a pílula apareceu apenas em 1º de junho de 1961, quando foi lançada pela Schering com o nome de Anovlar. Eram pequenos comprimidos verdes, cuja bula, naturalmente, vinha com a indicação “para aliviar os sintomas desagradáveis da menstruação”.

 

O tempo passou e as pílulas foram evoluindo. 

Atualmente temos inúmeras possibilidades no mercado: com pílulas feitas de estrogênio + progesterona (as chamadas pílulas combinadas), pílulas apenas de progesterona; pílulas com estrogênio natural ou com estrogênio sintético; pílulas monofásicas (em que todas as pílulas da cartela têm a mesma composição hormonal) ou multifásicas; pílulas de regime cíclico, contínuo ou estendido; em relação a progesterona, temos 4 gerações diferentes. Enfim, uma variedade de opções em que a escolha deve ser individualizada, avaliando as queixas da mulher para obter o melhor método. 

 

A pílula, atualmente, vai muito além do efeito anticoncepcional. Melhora dos sintomas pré-menstruais, da acne, diminuição do fluxo menstrual e das cólicas, melhora do edema antes da menstruação, da cefaleia pré menstrual, oleosidade da pele e cabelo, diminuição do hirsutismo… Os benefícios são muitos! Na consulta conseguimos descobrir qual é a melhor escolha para cada mulher. 

 

Texto para site:

 

“Um dia histórico e um tremendo passo à frente”: foi com essa manchete que a revista Der Stern anunciou, na década de 1960, o lançamento do contraceptivo oral no mercado alemão. Tudo havia começado no início dos anos 1950 nos Estados Unidos. A feminista Margaret Sanger e a milionária Katherine McCormick haviam se unido para inventar uma pílula contra a gravidez que fosse fácil de usar, eficiente e barata.

 

O cientista Gregory Pincus aceitou o desafio. Mas tinha que trabalhar às escondidas, pois os contraceptivos estavam oficialmente proibidos nos Estados Unidos até 1965. Ele alegou tratar-se de uma pesquisa para aliviar os sintomas da menstruação e encerrou seu trabalho cinco anos depois de iniciar as pesquisas. No dia 18 de agosto de 1960, lançou o novo produto no mercado americano: o Enovid-10.

 

Na Alemanha, a pílula apareceu apenas em 1º de junho de 1961, quando foi lançada pela Schering com o nome de Anovlar. Eram pequenos comprimidos verdes, cuja bula, naturalmente, vinha com a indicação “para aliviar os sintomas desagradáveis da menstruação”.

 

O tempo passou e as pílulas foram evoluindo. 

Atualmente temos inúmeras possibilidades no mercado: pílulas feitas de estrogênio + progesterona (as chamadas pílulas combinadas), pílulas apenas de progesterona (boa opção para as pacientes com contra-indicação ao estrogênio); pílulas com estrogênio natural ou com estrogênio sintético; pílulas monofásicas (em que todas as pílulas da cartela tem a mesma composição hormonal) ou multifásicas; pílulas de regime cíclico, contínuo ou estendido; em relação a progesterona, temos 4 gerações diferentes, progesteronas com efeito anti-androgenico, com efeito anti-mineralocorticóide… Enfim, uma variedade de opções em que a escolha deve ser individualizada, avaliando as queixas da mulher para obter o melhor método. 

 

A pílula, atualmente, vai muito além do efeito anticoncepcional. Melhora dos sintomas pré-menstruais, da acne, diminuição do fluxo menstrual e das cólicas, melhora do edema antes da menstruação, da cefaleia pré menstrual, oleosidade da pele e cabelo, diminuição do hirsutismo… Os benefícios são muitos! Na consulta conseguimos descobrir qual é a melhor escolha para cada mulher. 

1960: Primeira pílula anticoncepcional chega ao mercado

 

 

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