Postado em: 21/09/2021

O tratamento do câncer de mama é dividido em local e sistêmico e a cirurgia da mama é o pilar o tratamento local. Existem três principais abordagens cirúrgicas no tratamento desta doença

Mastectomia:

A mastectomia radical foi descrita em 1894, por William Halsted. O procedimento consistia na retirada da glândula mamária com a pele, músculos peitorais e linfonodos axilares. Com o passar do tempo foi-se reduzindo a extensão e aumentando a preservação das estruturas próximas. Hoje a mastectomia consiste na retirada apenas da glândula mamária incluindo o complexo areolopapilar (CAP) e pele. A indicação de retirada dos linfonodos axilares é individualizada e independente da técnica de cirurgia mamária escolhida.

 

Adenomastectomia:

A adenomastectomia, adenectomia ou mastectomia poupadora de CAP é uma cirurgia que tem como objetivo retirar toda a glândula mamária preservando seus elementos externos, ou seja, pele, aréola e papila. Dentro do arsenal de cirurgias oncológicas na mama a adenomastectomia é a de maior complexidade. A dissecção é feita respeitando o limite entre o tecido subcutâneo e a fáscia mamária anterior. Sempre seguida de reconstrução, esta cirurgia traz resultados estéticos variados e sua qualidade inicia na seleção da paciente.

 

Cirurgia conservadora:

Também conhecida por quadrantectomia, setorectomia ou ressecção segmentar de mama, a terapia conservadora da mama consiste na retirada cirúrgica do tumor com preservação do parênquima mamário remanescente e manutenção da anatomia corporal, associada à radioterapia adjuvante.

Os primeiros estudos sobre cirurgia conservadora iniciaram na década de 1970 trazendo evidências claras de que a cirurgia conservadora seguida de radioterapia total alcança sobrevida em longo prazo equivalente à mastectomia. Atualmente, com a evolução da terapia sistêmica e radioterapia, a taxa de recorrência tanto da mastectomia quanto da cirurgia conservadora é semelhante, entre 0,3 – 0,5% ao ano.

 

Para cada situação existe uma cirurgia ideal, a decisão de qual é a melhor opção deve ser feita em conjunto com seu médico mastologista.

 

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