Postado em: 12/08/2021

Fisiologia da Lactação

Para desempenhar suas funções, as mamas requerem intensa estimulação hormonal para os mecanismos de lactogênese, lactopoese e ejeção láctea.

O hormônio principal para a lactogênese é a prolactina, que atua através de proteínas receptoras específicas nas células alveolares e produz RNAm de proteínas do leite. Durante a gestação, a secreção de prolactina aumenta progressivamente e atinge o máximo próximo ao dia do parto; acredita-se que estrogênios e progesterona placentários impeçam a produção hipotalâmica da dopamina, a qual inibe a liberação da prolactina.

A manutenção da produção do leite é denominada lactopoese. Nesta etapa os hormônios mais importantes são prolactina e ocitocina, cuja síntese e liberação são dependentes do estímulo aferente de sucção, resposta hipotalâmica e ação hipofisária.

Quando o bebê suga, ocorre excitação de receptores sensoriais localizados na base e no interior da papila, que geram impulsos transmitidos ao longo de fibras nervosas do IV, V e VI nervos torácicos até as raízes dorsais da medula espinhal e daí alcançam os núcleos paraventriculares e súpra-óticos do hipotálamo, onde células nervosas modificadas e especializadas produzem ocitocina. A ocitocina é transportada pelos axônios até o lobo posterior da hipófise, onde fica armazenada até que novos impulsos aferentes induzam novamente a sua liberação. Pela corrente sanguínea a ocitocina atinge as células mioepiteliais da mama, que se contraem, ejetando o leite reservado nos espaços ductais, que se exterioriza pelo óstios mamilares (ejeção lactea).

Todo este fino processo entre o final amadurecimento da mama até a ejeção do leite faz da amamentação um momento de conexão entre mãe e filho, motivo desta campanha de promoção do aleitamento materno.

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