Semiologia mamária p. 2 – exame físico | ABC DA MASTOLOGIA
Em continuidade ao post anterior, hoje iremos falar acerca do Exame Físico Propriamente Dito dentro da Semiologia Mamária.
De acordo com Rubens Silveira de Lima, Alessandra Amatuzzi Cordeiro Fornazari e Leonardo Paese Nissen, o exame físico propriamente dito consiste na palpação das mamas e cadeias de drenagem linfática.
Com a paciente sentada, inicia-se pela palpação delicada das cadeias linfáticas cervicais, principalmente as fossas supra e infraclaviculares. Deve-se observar a presença ou não de gânglios, a quantidade (único, múltiplos ou agregados de linfonodos), sua consistência (endurecidos, moles ou fibroelásticos), sensibilidade, lateralidade (unilateral ou bilateral), mobilidade, e aderência entre si ou a outras estruturas.
Na sequência, passa-se ao exame das mamas. É feito com a paciente em posição sentada e depois em decúbito dorsal. Ainda, deve ser sempre bimanual e feita de forma calma e delicada. E deve-se lembrar que o tecido mamário pode estender-se superiormente desde a clavícula, inferiormente, até abaixo do sulco infra mamário, lateralmente, até a linha axilar média e, medialmente, até a região esternal. Consequentemente, toda essa extensão deve ser incluída no exame.
A palpação é feita com as polpas dos dedos. Pode-se usar um gel oleoso para que os dedos do examinador deslizem mais facilmente pela pele das mamas. Esta poderá ser realizada nas formas: Sentada: – Mãos atrás da cabeça e Deitada: – Braços ao longo do corpo.
Na posição sentada, a palpação é feita por dedilhamento ou deslizamento dos dedos, geralmente em sentido radiado, de fora para dentro em direção ao mamilo, em todos os quadrantes da mama.
Em seguida, passa-se ao exame com a paciente em decúbito dorsal. Da mesma forma, é um exame bimanual, feito com o braço do lado examinado sob a cabeça e depois ao longo do corpo. Neste caso a palpação por dedilhamento pode ser feita em sentido radiado ou circular concêntrico ao redor do CAP.
Ainda, falando um pouco sobre o exame mamário no homem, este é realizado da mesma forma do que nas mulheres e em virtude da quantidade muito menor de tecido glandular, a palpação de espessamentos ou nódulos geralmente é mais fácil.
Portanto, lembre-se que uma história bem conduzida e um exame físico cuidadoso se tornam fundamentais e são a peça chave para o bom êxito do diagnóstico e tratamento.